quinta-feira, 19 de novembro de 2009

COPASA JOGA POLÍCIA CONTRA MORADORES DO SANTA MARIA

João Evilázio Gomes 


Ninguém consegue interpretar a “absurda confusão” causada com a presença da Copasa em Barbacena. A bagunça é uma roda gigante desenfreada. Começou na administração passada e extrapolou na atual. Na verdade, a companhia se transformou num verdadeiro cabo de guerra entre prefeita e povo. Mas, por outro lado, ela se posicionou numa espécie de trincheira e se apresenta como instrumento de força para intimidar a população (intimidação também é crime). A partir daí, tudo vem acontecendo. No dia 13/11, por exemplo, o poder, a ganância e vingança da empresa ultrapassaram todos os limites contra a comunidade do bairro Santa Maria, que tem água, instalações e distribuição próprias, não permitindo a entrada da estatal. Segundo os moradores, ela tentou penetrar no bairro, sob a cobertura de camburões em alta velocidade, militares fortemente armados e cães policiais, como se fossem capturar perigosos bandidos foragidos. E chegou ao extremo de cortar água, não fornecida pela empresa. A paz no bairro, que tem o nome santo, transformou-se num ambiente de grande revolta.
A imposta Lei Municipal 4.043/07, que incluiu a Copasa no município, foi revogada. Está em vigor desde 5/10, data da publicação. Mas a norma continua como letra morta, pois a empresa permanece operando na cidade como se nada tivesse ocorrido. Sua permanência aqui prolonga um capítulo mal explicado que precisa ser esclarecido. Desconfia-se de que autoridades políticas locais sejam grandes acionistas da empresa. Caso isso se confirme, lamentavelmente, o fato pode justificar o empurra-empurra das autoridades para evitar fechar questão desfavorável à companhia.

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