quinta-feira, 31 de março de 2011

DE QUE VALE O JURAMENTO FEITO PELOS MÉDICOS?

João Evilázio Gomes    
             
        “A saúde dos meus pacientes será a minha primeira preocupação”. Termos do juramento que os médicos fazem na sua formatura. Mas, já na década de 1980, após uma aula de medicina numa faculdade do interior, numa conversa descontraída com um pequeno grupo de alunos, um professor médico, que parecia odiar os pobres e servir mais ao dinheiro, sentenciou, sem meias palavras: “Se eu não for bem pago, o paciente não sara”. Brincadeira ou não, a frase foi de arrepiar, feriu todos os meus princípios e me deixou profundamente angustiado. Preferi acreditar que aqueles estudantes iriam ignorar a péssima lição dada por seu professor.
        Vinte anos depois, outro grande susto. Quando acompanhava meu irmão na emergência da Santa Casa de Misericórdia, durante a consulta, um acidentado com fraturas e fortes dores chegou ao hospital. Imediatamente, a atendente acionou um especialista que se encontrava fora do hospital, mas à disposição do plantão. Consternada, comentou ao fim da ligação telefônica: “Ele disse que, se for pelo SUS, viajou”.
        O que é mais triste e doloroso é que o médico que não prestou atendimento foi o mesmo que, nos anos 1980, considerou seus honorários mais importantes que aliviar o sofrimento dos enfermos. Ficou claro, mais uma vez, pela frieza do profissional, a realidade da situação. E o juramento? Ainda hoje, para alguns médicos, só vale para a formatura.

www.redatorjoaoevilazio.blogspot.com

quinta-feira, 3 de março de 2011

CRÔNICA

            O texto abaixo, sobre o "BBB",  circula na internet. Supõe-se ser de Luiz Fernando Veríssimo. Não há confirmação de que são palavras do escritor. Aliás, não é seu estilo. Será publicado, por ser de bom conteúdo e de alto caráter educativo. - João Evilázio Gomes


A VERGONHA    


 “Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço…A décima primeira (está indo longe!) edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil, encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.
Dizem que em Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB é a pura e suprema banalização do sexo. Impossível assistir, ver este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, heteros.. todos na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterosexuais. O BBB é a realidade em busca do IBOPE..
 Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB. Ele prometeu um “zoológico humano divertido” . Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas. Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível.
 Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo. Eu gostaria de perguntar, se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.
Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis?
 São esses nossos exemplos de heróis?
Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros, profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores), carteiros, lixeiros e tantos outrostrabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor, quase sempre mal remunerados..
Heróis, são milhares de brasileiros que sequer têm um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir e conseguem sobreviver a isso, todo santo dia.
Heróis, são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna.
Heróis, são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada meses atrás pela própria Rede Globo.
O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral.
E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a “entender o comportamento humano”. Ah, tenha dó!!!
Veja o que está por de tra$$$$$$$$$$$$$$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão. Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social, moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros?
(Poderia ser feito mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores!)
 Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores.
Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa…, ir ao cinema…, estudar.. , ouvir boa música…, cuidar das flores e jardins… , telefonar para um amigo… , visitar os avós… , pescar…, brincar com as crianças… , namorar… ou simplesmente dormir.
Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construído nossa sociedade”.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Descaso: Praça Descuidada Prejudica Uma Cidade

João Evilázio Gomes

      Em Barbacena, Região Central do Estado, moradores, comerciantes e taxistas da Praça Santos Dumont, e pessoas que a frequentam como laser, sofrem duras consequências da administração ditatorial anterior. O logradouro é o principal caminho para o aeroporto, grandes bairros e imensa área rural produtiva. A praça era bonita e pitoresca, mas, com a chamada revitalização, ficou completamente descaracterizada: antigos e duráveis bancos de cimento foram substituídos por peças de madeira da pior qualidade, trincadas pelo sol; a banca de jornal foi construída encostada num poste, debaixo de um cabo de alta tensão e com a porta rente ao meio-fio; a saída direta para a rua aumenta o risco de atropelamento; a cabine dos taxistas foi instalada em local errado. Mesmo assim, na época, a Cemig ligou a luz para atender pedido da prefeitura. Contudo, gora, alegando irregularidades na construção, cortou o fornecimento de energia, deixando o ponto dos condutores no escuro. Redutores de velocidade, que funcionam, também, como passarelas, formam enorme lagoa durante as chuvas. Faltam placas de sinalização e veículos estacionam em lugares proibidos. A prefeitura promete, mas não soluciona os problemas.


Clip do filme de François Truffaut, Julis et Jim

A Máfia Médica


Setembro 5, 2010 às 8:13 PM - Arquivado em Feelings
“A Máfia Médica” é o título do livro que custou à doutora Ghislaine Lanctot a sua expulsão do colégio de médicos e a retirada da sua licença para exercer medicina. Trata-se provavelmente da denuncia, publicada, mais completa, integral, explícita e clara do papel que forma, a nível mundial, o complot formado pelo Sistema Sanitário e pela Industria Farmacêutica.
O livro expõe, por um lado, a errónea concepção da saúde e da enfermidade, que tem a sociedade ocidental moderna, fomentada por esta máfia médica que monopolizou a saúde pública criando o mais lucrativo dos negócios.
Para além de falar sobre a verdadeira natureza das enfermidades, explica como as grandes empresas farmacêuticas controlam não só a investigação, mas também a docência médica, e como se criou um Sistema Sanitário baseado na enfermidade em vez da saúde, que cronifica enfermidades e mantém os cidadãos ignorantes e dependentes dele.
O livro é pura artilharia pesada contra todos os medos e mentiras que destroem a nossa saúde e a nossa capacidade de auto-regulação natural, tornando-nos manipuláveis e completamente dependentes do sistema.
No arquivo pdf a seguir tem uma bela entrevista com Ghislaine Lanctot, autora do livro A Mafia Médica (The Medical Mafia), realizada por Laura Jimeno Muñoz para Discovery Salud.
O livro The Medical Mafia (em Inglês) está disponível para download em vários sites da internet:
Ghislaine Lanctot – The Medical Mafia.pdf
File Size: 13,842 KB
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