sábado, 26 de junho de 2010

JUDICIÁRIO INDEPENDENTE

Roberto R. Gonçalves

É consenso entre sociólogos, psicólogos, psiquiatras, filósofos, religiosos e profissionais do direito que a causa de todos os problemas sociais é o egoísmo do ser humano e seus filhos diletos, o orgulho, a presunção, a vaidade, o ciúme etc.
Remover o egoísmo é tarefa de foro íntimo, a partir da conscientização de cada um.
Com o objetivo de proteger a sociedade contra o egoísmo humano, a humanidade, ao longo dos milênios, tem elaborado e implantado, dentro das possibilidades políticas, o aperfeiçoamento das instituições e das leis, tendo em vista a justiça e a paz social.
O Direito vem sendo aperfeiçoado, a duras penas, desde épocas remotas, com a contribuição, sempre lembrada, do Direito Romano. Leis são feitas e, muitas vezes, não são aplicadas, porque interesses são feridos.
Neste caso, a falha pode não ser da lei, mas do aplicador do Direito.
No Brasil, a população clama por um Judiciário ágil, pois justiça fora do tempo é injustiça. Clama por leis que tragam mais segurança, que punam criminosos não atingíveis etc., como se a lei pudesse tudo resolver.
Analisando o contexto, observa-se que o Poder Judiciário não é independente, como quer a Constituição Brasileira no seu artigo 2º. A própria Constituição tira a independência do Judiciário quando determina que desembargadores e ministros dos tribunais devam ser nomeados pelo Poder Executivo, com aprovação do Poder Legislativo.
Para quem não sabe, simplificadamente, o Poder Judiciário é composto por juízes de primeira instância, por desembargadores do Tribunal de Justiça (TJ), ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O juiz de primeira instância é nomeado para o cargo a partir de sua aprovação em concurso público.
Quando busca a Justiça, o cidadão o faz junto à primeira instância. Caso não concorde com a sentença dada pelo juiz, ele pode recorrer à segunda instância, o Tribunal de Justiça (TJ). Não concordando com a decisão dos desembargadores, ele pode recorrer para o STJ ou até para o STF, conforme o caso.
O desembargador é nomeado pelo Governador do Estado, que escolhe um dentre três nomes que lhe são apresentados. Os nomes apresentados são de juízes competentes. Mas, o cargo de desembargador é político. O juiz que não aparecer de alguma forma, muito raramente chegará a ser desembargador. Ele deverá ter boas relações na área política e isto é muito perigoso para a Justiça, pois este juiz ou desembargador pode ser tentado (e isto é humanamente possível) a facilitar alguma coisa para o político e/ou corrente política que o apóie.
Este mesmo raciocínio pode ser usado nos casos de nomeações de ministros do STJ e do STF, cujos cargos são de nomeação do Presidente da República, com aprovação do Senado.
Fica evidente, assim, que o Poder Judiciário é dependente do Executivo e do Legislativo e, assim sendo, não se pode ter garantia de uma justa aplicação da lei.
A proposta que está sendo levantada aqui é: dentre todas as reformas de que o Brasil precisa, a primeira e fundamental é dar independência ao Poder Judiciário.
Como?
1. Os cargos de desembargadores e ministros dos tribunais sejam eletivos, com mandato;
2. os eleitores, em voto secreto, seriam os operadores do direito (advogados, juízes e promotores), pois estes acompanham diariamente o que acontece nos fóruns e tribunais;
3. o cargo de ministro nos tribunais superiores só será alcançável por aquele que tiver sido desembargador;
4. para se candidatar a desembargador, o juiz de primeira instância (ou advogado ou promotor, no caso do 5º Constitucional) deverá ter mínimo de 10 anos de atividade na área jurídica e não ter processo criminal em andamento ou ter sido condenado em processo criminal transitado em julgado;
5. é liberada a reeleição; o bom desembargador terá os votos dos advogados neste sentido;
Entendemos, com isto, que:
1. o juiz de primeira instância terá interesse em agilizar as demandas e ter cuidado na elaboração de uma boa sentença;
2. consequentemente, o número de apelações cairá, desobstruindo os tribunais superiores;
3. o Poder Judiciário estará comprometido com a Justiça e não com a política;
4. teremos o Poder Judiciário atendendo melhor aos anseios dos brasileiros.
Para tanto, precisamos de uma emenda constitucional neste sentido. Esta pode ser regulamentada por lei complementar que detalhe o sistema.
A independência do Judiciário é a mais importante reforma a ser feita no Brasil. Sem ela a Justiça fica refém das forças que estiverem no poder.

http://www.judiciarioindependente.info

Pretensões! Nova Ordem Mundial

Adicionado por Marilda de Oliveira no Observatório Político Brasileiro




fonte: http://observatoriopoliticobrasileiro.ning.com




quinta-feira, 3 de junho de 2010

OI: CANCELAMENTO DE CONTRATO

Batalhão de atendentes tortura cliente

João Evilázio Gomes 

      A venda de produtos das operadoras ocorre, pessoalmente, em qualquer cubículo de lojinhas espalhadas por toda parte. Mas, cancelar um serviço da Oi, por exemplo, só por telefone. Isso significa desgosto, transtornos e humilhações. A lei que determina rapidez no atendimento e na solução dos casos é letra morta para a Oi.
      A operadora é um império e tem quase o monopólio dos serviços. E continua causando um verdadeiro inferno na cabeça dos clientes que precisam resolver pequeno problema. O esquema da empresa já até estimulou a criação de vários sites e blogs de denúncias, reclamações, lamentações e dicas. Sofro também com os golpes. Desde final de maio, preferi arcar com os valores individuais dos serviços. Várias tentativas frustradas para cancelar Oi Conta Total quase me deixaram meio maluco. Fui jogado nas garras de um batalhão de atendentes bem preparadas para aplicar insuportáveis truques nas pessoas. Repetitivo papo furado, extensa e irritante ladainha que nunca leva a lugar nenhum. Uma tortura, mesmo para nervos de aço. Desorientado, me perdi no meio do caminho. E desisti do cancelamento por meio da própria operadora. O caso será entregue à Anatel.
      Quanto ao pagamento das assinaturas e do parcelamento, está em dia.

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