quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Operação Pasárgada

João Evilázio Gomes

Em 2008, a Operação Pasárgada explodiu um engenhoso e sofisticado quebra-cabeça da corrupção, verdadeiro crime organizado, especializado em devorar verbas públicas, como os R$200 milhões do Fundo de Participação dos Municípios. Com atuação ativa do Grupo Sim, estranha organização comercial de Belo Horizonte, que prestava serviços às prefeituras enroladas. O Grupo é um dos principais alvos de investigações da Polícia Federal e do Ministério Público. Até o Tribunal de Contas do Estado (TCE) tem sua lisura questionada no caso. Lamentavelmente, na época, Barbacena foi citada numa lista como beneficiada das ações suspeitas do Sim. E poderá estar enfiada numa profunda confusão. O prefeito era Martim Andrada, irmão do atual Vice-Presidente do TCE. Agora, o MP de Minas vem aumentando as inquietações dos acusados e tirando o sono de muita gente. As denúncias contra o Legislativo, Executivo e autarquias de Barbacena e demais cidades poderão ocorrer breve.
É bom lembrar que, em 2006, a Câmara Municipal homenageou, entre outros, o Grupo Sim, com o título no “Grau Mérito Especial”, da Comenda da Ordem do Mérito Legislativo. A enorme placa está afixada na entrada do Plenário, envergonhando os barbacenenses. Uma sugestão: retirar a placa ou os nomes infiltrados na corrupção. E mais: os acusados que exercem funções públicas, inclusive no TCE, deveriam ser afastados dos cargos.

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