quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Decisão Sobre a Copasa: Só Com o Rufar Dos Tambores

João Evilázio Gomes


A Copasa se instalou em Barbacena por meio de uma série de erros e escândalos vergonhosos. O caso está na Justiça. Mas o processo não anda. Muitos atos reprováveis da companhia vieram à tona, após Relatório de Estudos Demae Copasa, elaborado por comissão de vereadores. Segundo o levantamento (praticamente, abertura de uma caixa-preta), entre outras agravantes, a Copasa usou estrutura do Demae; não fez melhorias em algumas estações de tratamento; em outra, verificou-se estado de abandono; leva água de Barbacena a Barroso, não encontrado documento da parceria; Pior: vários imóveis do povo, de alto valor, foram doados, às pressas, à Copasa, exatamente faltando dois dias para terminar o governo Martim Andrada. Dizem que uma lei do vereador Amarílio de Andrade (PSC) permitiu as doações. As escrituras foram lavradas no Cartório do 3º Ofício de Notas, de Barbacena. E registradas nos Serviços de Registros de Imóveis, do 1º Ofício. Enquanto isso, muitas pessoas da cidade não têm onde morar com dignidade; grande parte da população luta para manter o aluguel ou conseguir uma casinha própria. E, para a Companhia ir embora, ela ainda quer 20 milhões. O assunto explodiu na tribuna da Câmara Municipal, sacudiu a imprensa local, revoltou a população e gerou mal-estar no meio político. O povo tem de falar mais grosso com essa gente. O senador Paulo Paim (PT-RS) disse: “O Congresso Nacional só se move com o rufar dos tambores das ruas”. Portanto, não adianta o povo ficar em casa, lamentando. Deveria sair às ruas para pressionar a retirada da empresa.

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