João Evilázio Gomes
Circula no Senado projeto de lei do deputado Inocêncio de Oliveira (PR-PE), que proíbe profissionais da saúde o uso de jalecos, aventais, outras vestimentas especiais e equipamentos de proteção individual fora do ambiente de trabalho. Estados e municípios estão aprovando leis no mesmo sentido. No Paraná e Mato Grosso do Sul, já vigoram normas estaduais sobre a matéria. Lá, eles até aplicam multas a quem descumprir a exigência. Segundo especialistas, o tecido dos jalecos e aventais abriga bactérias e vírus que podem ser transmitidos aos alimentos e para todos os locais onde o profissional tenha passado. De forma silenciosa e invisível, isso aumenta o perigo de contaminação por doenças causadas por bactérias.
Em Barbacena, esse risco é muito alto. É uma verdadeira farra de estudantes e trabalhadores do setor, que parecem ignorar o assunto, apesar das discussões em todo o país. Na cidade, é comum ver um exército de “doutores bactérias” com suas roupas de trabalho nas ruas, nos ônibus, bares, restaurantes, nas lanchonetes e nos mercados. É preciso uma providência urgente. Aliás, faz alguns anos que o uso dessas vestimentas fora do ambiente hospitalar é proibido por normas internacionais, pelo Ministério do Trabalho e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). As medidas deveriam ser suficientes e afixadas em todos os locais de uso coletivo. E cumpridas, para o bem de todos. Na Grã-Bretanha, até bijuterias foram abolidas.
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