sexta-feira, 26 de novembro de 2010

EDUCAÇÃO

PESQUISA ESTRANHA AVALIA PROFESSORES

João Evilázio Gomes

Uma pesquisa de opinião realizada recentemente pela Superintendência Regional de Ensino de Barbacena (3ª SRE), com alguns alunos da Escola Estadual Embaixador José Bonifácio, causou um clima de profundo mal-estar entre os docentes do estabelecimento e repercussão negativa no meio educacional local. As críticas não param. O método utilizado no questionário pedia para assinalar com a letra V as informações verdadeiras e com F as falsas. Mas alguns itens, além de ridículos, embolados e ininteligíveis, feriam, inclusive, certos princípios. Houve, por exemplo, abordagens como “quanto aos professores que mais atrapalham a escola”. Em outros tópicos, os alunos deveriam citar os professores que mais gostam e que não gostam.
O objetivo da pesquisa ainda é desconhecido. Os critérios aplicados também são obscuros. Os mestres confirmam que determinadas questões - totalmente sem nexo, pretensiosas, discriminatórias, injustificadas, desorganizadas, incoerentes, mal elaboradas do ponto de vista ético e pedagógico -, de certa forma, poderiam até pôr os estudantes numa situação delicada ante seus professores. O fato é Lamentável.
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sábado, 20 de novembro de 2010

SINDICOMÉRCIO BARBACENA QUER MUDAR FERIADO RELIGIOSO

POPULAÇÃO INCONFORMADA

João Evilázio Gomes

No Brasil, independente de ser declarado feriado ou não, dia da Imaculada Conceição, 8/12, é Dia Santo de Guarda. Mas o Sindicato do Comércio de Barbacena, de certa forma, tenta ferir até a devoção e a fé de um povo, para derrubar antiga tradição e costumes sagrados dos fieis. O Sindicomércio pretende mudar as celebrações da data para outro mês (como se não tivesse nenhuma importância para os católicos e trabalhadores), alegando prejuízo nas vendas natalinas. A repercussão na cidade foi imediata. A polêmica dominou as ruas e ganhou proporções inesperadas. Oficialmente, a Igreja é contra. Inconformada, grande parte da população também reprova a transferência do feriado religioso. E teme uma ciranda de mudanças de outras datas. Porém, a insistência da força econômica sindical é contagiante e não perdoa: promoveu abaixo-assinado (tendo o peso dos empresários e, provavelmente, de seus empregados, certamente cabisbaixo e sujeito à obediência aos patrões); jantar com os vereadores; e pede audiência pública, na Câmara municipal. Esperamos que o debate não seja manipulado.
O sindicato destaca a queda das vendas apenas de um dia como grave problema de Barbacena. Os argumentos não convencem. Aflita, a população sente na própria pele que os verdadeiros e antigos problemas realmente graves e as prioridades urgentes da cidade são outros. Mas, lamentavelmente, a entidade, que parece ter uma viseira permanente que faz enxergar só o próprio umbigo, demonstra ignorar sérias questões que afundaram o município nas últimas administrações.
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quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Perigo na Praça Santos Dumont, Barbacena

CAI RELÓGIO DA CEMIG E FIAÇÃO FICA EXPOSTA

João Evilázio Gomes

Em abril de 2008, o jornal "O Tempo" publicou reclamação de moradores, pedindo à Prefeitura de Barbacena melhorias na rua Antônio Siervo (antigo beco São Francisco), no bairo do Campo. A estreita travessia é uma extensa escadaria esburacada, tornando-se obstáculo difícil para idosos, deficientes físicos e demais pessoas com dificuldades de locomoção. À noite, a iluminação é péssima. Assaltos acontecem, com frequência.
Na época, foi pedido, com urgência, conserto dos degraus e instalação de corrimão. O caminho é o principal atalho que leva à antiga linha da Oeste, preferida para as caminhadas matinais. E liga vários bairros à praça Santos Dumont, que dá acesso ao Centro. Por isso, é intensa a movimentação de pedestres na travessia.
Foi lembrado, também, que as instalações de enorme caixa da antiga Telemar e um relógio maior da Cemig, na esquina da referida rua com a praça Santos Dumont, transformaram o lugar num perigoso esconderijo de desocupados e consumidores de drogas e fedorento sanitário a céu aberto. Mas tudo permanece, exatamente, como em 2008. As pessoas têm de passar pela sujeira, que desce para as portas das residências, entre outros transtornos e incômodos. A limpeza do local continua sendo tarefa diária dos moradores.
Agora, os pedestres estão diante de grande perigo: três canos do relógio da Cemig, corroídos pela urina, caíram. Aparelho e fiação, expostos ao chão. Presença de crianças aumenta risco de tragédia. A caixa da Telemar e o relógio precisam ser deslocados, urgente, para lugar mais apropriado. Mas os setores responsáveis, indiferentes, parecem esperar uma fatalidade.
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quinta-feira, 4 de novembro de 2010

E AGORA, JOSÉ?

QUEM TORTUROU A PRESIDENTE?

João Evilázio Gomes

Ela veio da classe média alta. Idealista, guerrilheira nos anos de chumbo, ajudou a combater, de corpo e alma, a cruel ditadura militar, que arruinava o país. Com outras colegas, não foi simplesmente presa, mas jogada numa cela e barbaramente torturada por militares. Seu nome é Dilma Rousseff, eleita presidente do Brasil e futura comandante da maior economia da América Latina. Segundo a revista “Forbes”, Dilma é a 16ª pessoa mais poderosa do mundo. A campanha adversária tentou atingi-la com elevado nível de agressão, apelações, mentiras, calúnias, baixarias sem limite na internet e certas reportagens tendenciosas. Mas a forte dose do veneno estilado contra a candidata surtiu efeito contrário e prolongado, corroendo, exatamente, quem o produziu. Inclusive, a interferência direta de alguns bispos moderados e conservadores e até mesmo a manifestação inoportuna do Papa, também não conseguiram bloquear e neutralizar o livre convencimento da maioria dos eleitores, que mais se identificaram com quem poderia corresponder melhor aos anseios da nação. Entre tantos compromissos assumidos, a nova presidente quer liberdade de religião, de imprensa e cuidar bem do povo brasileiro. Esperamos, também, uma freada na corrupção. Mas quem torturou Dilma? Quais os mandantes? Quem presenciou?
Os procuradores que entraram com ação contra militares acusados por tortura lembram que o caso está sujeito às obrigações internacionais assumidas pelo Estado brasileiro de apuração de graves violações aos direitos humanos. "Os episódios de tortura e morte narrados configuram crimes contra a humanidade, considerados imprescritíveis".
É preciso, sim, pelo menos, mostrar a cara dos carrascos à sociedade.
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